António Mota na Biblioteca da ESAF - ecos de um encontro com alunos e professores
11 de janeiro - manhã de sexta feira. Aguardamos um escritor. Um dia especial! É sempre diferente quando por cá passa alguém que cria mundos e que com eles preenche o imaginário de tantos leitores. Não são, afinal, sempre especiais as ocasiões como esta, em que se celebram as histórias, os livros e esse ato de co-criação que é a leitura?
Desta vez aguardávamos António Mota, um escritor que, é justo dizer-se, não necessita de apresentações, de tão conhecido que é entre tantos e tantos jovens, e desde há tantos e tantos anos. À porta da biblioteca, não escondendo as ânsias de quererem entrar, acumulavam-se muitos e muitos alunos, alunos do 3.º CEB, quatro turmas; e outros mais que chegariam depois. E, ei-lo que chega, o escritor, atempadamente ao encontro com esta gente jovem, ávida de histórias, ávida de tramas e de personagens - e são tantas aquelas que vivem na inúmera lista de obras da sua autoria. Sala de leitura praticamente plena. Alunos informalmente sentados no chão, nas escadas e de pé, junto ao varandim do mezanino, alunos à espera das palavras e histórias que, talvez, aquele visitante traria na alforge dos seus muito particulares imaginários.
Certo é que não se deram por descontentes, os alunos, pois o homem de letras, já conhecido das andanças dos livros de texto, acabaria por tornar algumas passagens de alguns dos seus livros tão vívidas e tão reais como se ali voltassem novamente a acontecer, convocando outro tempo e outros espaços e as personagens de carne e osso. Bastou para isso o prazer da leitura, da escuta e da imaginação, suscitado pelas palavras lidas pelo escritor.
Mas sem que antes, os da casa, não fizessem uma receção ao escritor, com uma bela abertura de dança (as pupilas da professora Graça Monteiro) e uma breve e bela encenação de um texto (diálogo entre um avô e sua neta, interpretados pelo Rafael, aluno do 7.º, e pela professora Marieta). Foi tempo também para uma moderação bem conduzida por Ana Paula Brito, do SABE BCL, e algumas questões de alguns dos alunos presentes.
Depois dos autógrafos... a sensação de que os momentos de convívio e de leitura têm o seu quê de empolgante, mais ainda quando por cá passa um escritor.